A bravura de Messi, da seleção e do povo argentino.


No dia da vitória todas as praças do país comemoraram, e uma multidão jamais vista na história dos eventos culturais ou políticos do país transbordaram as artérias que confluíam ao Obelisco da capital. Antes disso, registramos no passado a imagem da quilométrica multidão que foi receber Peron em Ezeiza em 1973 no retorno do seu exílio. Agora, algo inédito, uma alegria e energia incomensuráveis levaram a 5 milhões de argentinos a saudar a chegada de Messi e a seleção, após 36 anos em que a Argentina chegou a ser campeã com Maradona.

Messi e a Seleção Argentina foram gigantes e representaram à altura seu povo neste mundial,  assim como fazia Maradona! Os milhões que foram recepcionar e saudar a Seleção são os mesmos, que com a mesma energia,  expulsarão os Macris e os carniceiros que sabotam e impedem o desenvolvimento da sociedade argentina.

O povo argentino, mais uma vez, demonstra ser o campeão na decisão e capacidade de mobilização popular espontânea (superando a precariedade e controvérsias dos serviços de ordem e segurança), quando se trata de expressar o sentimento patriótico, de união e de justiça.

Sim, épica mobilização popular foi pelo merecido reconhecimento a uma Equipe (com E maíscula), dirigida por um técnico capaz de organizar todas as capacidades, da juventude, à genialidade altruísta e contundente de Messi, herdeiro do legado de Maradona, desde a habilidade, o coração e a ideologia pelos mais humildes.

São milhões que formam esta imagem de união de seres humanos que se abraçam, passam por cima da chamada greta, do antagonismo político e de classes que Macri e o PRO insistem em impor ao rechaçar o feriado nacional decretado pelo governo. Vence a alegria social contra o ódio instigado. Macri, presidente executivo da FIFA, politizando o futebol, com fins eleitoreiros, torcia pela derrota da Argentina, para acentuar o desânimo e a contestação ao governo da Frente de Todos. A oposição conseguiu desproteger e até reprimir o festejo popular na capital (administrada pelo PRO), anular, por decisão da AFA a recepção presidencial de Alberto Fernandez no balcão da Casa Rosada. Mas, o rio multitudinário é o que vale; em sintonia fina, o povo é quem dá o decisivo sinal das mudanças históricas. O rio na Argentina não secou. Está volumoso como nunca. Quando há liderança que saiba coordenar, dar gols fulminantes e, sobretudo, comunicar, o rio transborda.

É uma quantidade inédita que representa um salto de qualidade. Esta merecida copa, é de toda a América Latina, da Ásia à África. Argentinos, residentes e imigrantes de todas as cores, desfilaram nas ruas com a bandeira branca e celeste e a camiseta de Messi. Esta foi a vitória da justiça, definida num pênalti (que às vezes termina injustamente) que decidiu que vencera o melhor jogo coletivo, inteligente e combativo. Um recado marcante para um país onde juízes macristas condenam injustamente à vice-presidenta, Cristina Kirchner, ao impedimento perpétuo. Esta copa venceu (não eliminou) o esquema empresarial e mafioso do futebol e juízes vendidos.

A multidão festejou e respondeu bem ao recado dos humildes e injustiçados contra os prepotentes (no final do jogo contra a Holanda) dado pelas palavras de Messi traduzidas em todos os idiomas do mundo: “Que mirá, bobo? Andá pa’allá.” (O que está olhando, bobo. Sai para lá.). Bastou isso para o jornal Clarin intitular: “Messi, o vulgar!”. Mas, os torcedores têm consciência de quem é Messi. Como Maradona, esteve sempre ao lado dos pobres e mais necessitados. Por isso, Messi e os jogadores do futebol íntegro dedicam a copa ao povo, abraçam suas famílias e crianças, que são parte de suas origens e seu estímulo social.

Enfim, a simbioses entre a qualidade humana e esportiva da seleção desta Argentina que estão no seu DNA futebolístico, e a capacidade de mobilização do povo argentino, fecham com copa de ouro este 2022, e nos abrem a expectativa de que em 2023 o peronismo-kirchnerismo saiba reviver sua força, e dar um exemplo de união e liderança para triunfar contra todas as injustiças.

21/12/22

Crédito foto: buddha Audiovisual-25

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