Porque há que votar no Massa


No dia 22 de outubro você terá que comparecer em massa para votar na UP. Sergio Massa – Agustín Rossi, com convicção ou em legítima defesa, sem dúvidas ou hesitações!

O PAÍS ESTÁ EM PERIGO

Nesta eleição, confrontam-se dois modelos de país: o representado pelo peronismo com um Estado atual que garante e amplia direitos no quadro de um país igualitário ou o da perda de direitos e o regresso às relações sociais de um país neo-monárquico com regime repressivo, representado por Patricia Bullrich ou Javier Milei; qualquer uma destas duas variantes representa basicamente a mesma coisa. A gestão promovida por Massa, desde que tomou a decisão de assumir o comando nos momentos mais difíceis da crise económica, criada fundamentalmente pelo poder financeiro, pelos centros de poder económico concentrado e alimentada pela imprensa hegemónica e pela oposição, como campanha eleitoral demolidora, está demonstrando de fato qual é o caminho para a verdadeira recuperação.

A decisão política tomada não foi menor

Eliminar a chamada quarta categoria; auxílio com três reforços de 37 mil P$- para aposentados, mantendo-os com poder de compra acima da inflação, além de créditos com taxas reduzidas de até R$ 400 mil.- em até 48 parcelas. Benefícios aos trabalhadores autônomos (ditos mono-tributistas) e a prorrogação de pagamento de 6 meses da contribuição tributária. Reforço de até 23 mil P$ para o cartão alimentação. Crédito em até 48 parcelas para trabalhadores. Eliminação do IVA até 18 mil P$ por mês para salários inferiores a 708 mil P$. Carregar o orçamento educacional de 6% a 8% é uma medida essencial que constitui uma decisão política muito importante. O reforço de 20 mil P$ para os beneficiários do “Potenciar trabalho”. A suspensão do aumento dos planos de saúde (privados) por 90 dias. O apoio às PYME (Pequena e Média Indústria) com mais créditos e menos procedimentos bancários. UM montante fixo para trabalhadores de 60.000 P$ (em duas parcelas). Um montante fixo de $ 25.000 P$ para empregadas e empregados domésticos privados. UM novo IFE (Entrada Familiar de Emergência) de 94.000 P$ – em duas parcelas. Créditos para pré-financiar as exportações. Retenção de 0% para economias regionais com valor agregado industrial, colocando como prioridade central o desenvolvimento científico e tecnológico como insumos de exportação e como base essencial para a competitividade da Indústria Nacional, promovendo o consumo e o desenvolvimento do mercado interno. Isso e muito mais é exposto em cada ato e reafirmado não como promessas, mas como conquistas concretas, ouvindo as demandas do povo em meio à luta contra as pressões do FMI, puseram em movimento a premissa de J.D. PERON: “Melhor do que dizer é fazer, melhor do que prometer é fazer”, mas não se trata de esperar que uma pessoa cumpra, mas sim de um compromisso coletivo. Precisamos também de avançar com propostas para a exploração mineira, lítio, Vaca Muerta, Hidrovia, lei da comunicação social, reforma financeira, nova lei fiscal, repatriamento de fundos evadidos para paraísos fiscais e, entre outras medidas, cortar 4,9% do PIB do que as grandes empresas se beneficiam dos PIQUETEROS DA ABUNDÂNCIA, como disse Cristina.

É por isso que a decisão política de Katopodis (Ministro das Obras Públicas) de realizar greves ativas em defesa das obras públicas, de realizar assembleias nos locais de trabalho com os trabalhadores para discutir o projeto político que devemos defender se não quisermos retroceder 40 anos, foi tremendamente importante para mim. Isso é uma plantação de consciência social fundamental. O mesmo que as assembleias de empresários de PYMEs alertando os trabalhadores sobre os cantos de sereia dos libertários, vendendo uma falsa liberdade que os leva à verdadeira escravidão e que, em meio à incerteza e à frustração, se espalha por grandes setores do campo popular.

O país vai para a frente com um governo de unidade nacional

O desenvolvimento de uma sociedade com a justiça social como elemento central depende de todos empurrarem na mesma direção com um projeto político programático e sempre acompanhado de organização e mobilização popular, com plena unidade do movimento operário, da CGT, da CTA, de todos os Partidos Políticos do campo popular e os movimentos sociais, os governadores, todos e cada um dos autarcas, em todo o país, só assim será possível vencer e governar agitando as bandeiras da Justiça Social, da independência econômica e soberania política. Respeitar a diversidade de opiniões, de ideias que enriquecem e aprofundam o debate unido ao conjunto da sociedade, para gerar um programa político econômico e social, com uma posição Internacional e Nacional que responda claramente aos interesses da Pátria. Um ponto central é o MERCOSUL e UNASUL, e também considerando que fazemos parte do BRIC, composto por BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL – com a recente integração da ARGENTINA, IRÃ, ARÁBIA SAUDITA, EGITO, ETIÓPIA E DOS EMIRADOS ÁRABES.

Nesta situação política, a nossa entrada no BRICS é um facto histórico, reiteramos este conceito já abordado anteriormente, porque tem uma importância fundamental, da qual ainda não existe uma consciência clara na sociedade sobre a sua relevância. Este bloco abrange 40% da população mundial. Por isso é necessário analisar e avaliar em profundidade, que estamos perante uma porta que se abre com a possibilidade de construção de uma ordem mundial mais harmoniosa, com intercâmbios econômicos e culturais baseados em políticas de cooperação sem condicionalidades regressivas, que substitua o confronto resultante de especulação financeira, extorsão, pressão e chantagem, priorizando o respeito mútuo. Como expressam os chineses, no seu chamado LIVRO BRANCO, que devemos construir uma sociedade universal com um destino comum, para podermos pensar que “eu sou o outro e o outro sou eu”, uma utopia que vale a pena tentar.

Apelamos aos aposentados, aos professores, aos trabalhadores, aos empregados e aos desempregados, aos jovens e a toda a família, para que pensem nestas questões, para que debatam e descubram quem se beneficia: o que BULLRIch–MILEI afirmam claramente sobre a eliminação do Ministério da Saúde, da Educação , ciência e tecnologia, entre outros, com a consequente privatização da saúde e da educação, com a eliminação do investimento social, com o desmantelamento do Estado com a abertura indiscriminada da economia, a eliminação do trabalho público, o encerramento das PME devido às importações descontroladas, à privatização dos recursos naturais, das empresas estatais. Onde serão atendidos os aposentados, qual será o salário dos professores? Os trabalhadores do Estado, e como serão as relações de trabalho, sem direitos? Para onde irá o exército de desempregados? SE PENSAREM NISSO, VOTARÃO EM MASSA-ROSSI SEM DÚVIDA.

 Você tem que sair e votar corpo a corpo, explicando, persuadindo. Ninguém pode deixar de se comprometer, O PAÍS ESTÁ EM PERIGO, não é um confronto com um adversário político comum, como também alertamos em outras ocasiões, é o inimigo, devemos travar uma guerra de ideias, você vence ou perde nesse campo. Isso deve ser combatido com todas as nossas forças, gestão governamental e mobilização popular, com mais audácia, maior contundência e clareza. Temos o governo administrando para o povo, vencendo no primeiro ou no segundo turno, há que deixar que continuemos governando, a partir de agora, para a construção do país solidário que sonhamos.

Héctor Cabrera –  ex-diretor da Secretaria Sindical da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) Nacional – 27/09/23

Foto: Leandro Teysseire 

 

 

 

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