A guerra e a proposta de um “Exército da cidadania” na Inglaterra


Sugestão de leitura e debate sobre o tema abaixo sobre a guerra da Otan que envolve os governos e os povos da Europa. Há que seguir esclarecendo que a Rússia não pretende devorar o mundo. Este é o pretexto permanente atinente ao temor do regime capitalista ao perder sua hegemonia. Seus chefes se metem a organizar seus exércitos sabendo que não tem apoio social e nem sequer a prosperidade econômica necessária.

Correspondências
Londres, 01/02/2024

 

NOTÍCIAS DA INGLATERRA

O chefe do Estado Maior do Reino Unido propões criar um “Exército da Cidadania” caso o país entre em guerra

https://www.elespanol.com/mundo/europa/20240124/jefe-mayor-reino-unido-propone-crear-ejercito-ciudadano-pais-entra-guerra/827417563_0.html

O general Patrick Sanders instou nesta terça feira “treinar e equipar” civis britânicos. Algo que Downing Street (*) rechaça pelo momento.

O Chefe do Estado-Maior do Exército Britânico, General Patrick Sanders, instou esta terça-feira que o Reino Unido se prepare para guerra terrestre, e para isso propôs que fosse criado e equipado um “exército da cidadania”.

Num discurso hoje no oeste de Londres, o general afirmou que o aumento das tropas do exército em preparação para um possível conflito teria que ser uma “empresa de toda a nação”; portanto, teríamos que “treinar e equipar” um “exército de civis” que complemente o trabalho das forças aéreas e terrestres, cita o Daily Mail.

Sanders – que tem criticado abertamente a falta de pessoal no exército – acrescentou: “Precisamos de um exército projetado para expandir-se rapidamente e que habilite o primeiro escalão, forneceça recursos para o segundo escalão e treine e equipe o exército civil que deve seguí-lo. Nos próximos três anos, deverá ser possível falar de umaExército Britânico de 120.000 soldados, acrescentando a nossa reserva e nossa reserva estratégica”.

https://www.elespanol.com/mundo/20240117/otan-hara-mayores-maniobras-decadas-demostrar-fortaleza-rusia/825667806_0.html

As declarações vêm após o secretário de Defesa Britânica, Grant Shapps, dizer em um discurso na semana passada que estávamos “passando de um mundo pós-guerra para um mundo de pré-guerra”; e que o Reino Unido deveria garantir que “todos os seus ecossistema de defesa esteja preparado” para defender sua pátria, ao mesmo tempo que alertava que a Grã-Bretanha e os seus aliados tinham que aumentar os gastos militares.

As palavras de Sanders foram interpretadas como um aviso de que os cidadãos britânicos poderiam ser convocados se a OTAN entrar em conflito com a Rússia. Apesar das declarações do General Sanders, Downing Street respondeu negando qualquer plano de recrutamento e salientando que o Exército Britânico tem mantido sua tradição de ser uma força voluntária. O porta-voz oficial afirmou que o governo não tem intenção de mudar essa política e que cenários hipotéticos sobre possíveis conflitos futuros “não são úteis”.

A introdução do serviço militar obrigatório seria a primeira em mais de 60 anos e marcaria uma mudança significativa na política de Defesa britânica. Contudo, o Governo reiterou o seu compromisso de não reduzir o tamanho do exército abaixo dos 73.000 soldados.

Alertas sobre a crescente ameaça da Rússia e a necessidade para se preparar para um possível conflito não surgiram apenas no Reino Unido, mas também em outros países da OTAN. A Suécia, que espera aderir à aliança este ano, alertou os seus cidadãos sobre a possibilidade de uma guerra total, enquanto a Noruega sugere que a OTAN tem “dois, talvez três” anos para se preparar para um eventual ataque das forças russas.

Neste contexto, a OTAN assinou um novo contrato para o fornecimento de munições, e está conduzindo exercícios militares em grande escala, chamados Steadfast Defender, para enviar uma mensagem dissuasora à Rússia. O debate sobre a preparação militar e o alerta sobre a possibilidade de uma guerra total geraram intenso escrutínio sobre a política de defesa dos países membros da NATO num momento em que. A tensão geopolítica na Europa só aumenta.

24 de janeiro de 2024
(*) Localização do Palácio de Westminster, parlamento britânico.

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UM PONTO DE VISTA DESDE A ITÁLIA SOBRE A PUBLICAÇÃO ACIMA

Os países da OTAN preparam a guerra contra a Rússia. No anúncio divulgado na Inglaterra, a guerra é apresentada como uma necessidade defensiva, mas o chamado é dirigido às próprias populações, que tem percebido que não é a Rússia que ameaça a OTAN, mas é a OTAN que ameaça a Rússia, querendo expandir-se para o leste, envolvendo-se diretamente na guerra contra a Rússia em território ucraniano.

Cada vez mais se forma a opinião da população europeia de que o pobre povo ucraniano é usado como bucha de canhão para desgastar o exército russo. É evidente que a população europeia não está ameaçada pela Rússia. Em toda a Europa, até Portugal, a população europeia percebe isso na falsa narrativa sobre a invasão russa como um pretexto para defraudar economicamente a população rumo a um rearmamento completamente inútil.

A camarilha corrupta e autoeleita da União Europeia, serva dos Yankees, prepara-se para acabar com os bens da população europeia, a saúde, a educação, os transportes, os bens públicos, até chegar às poupanças mais comuns, a fim de agradar aos amos ianques.

O movimento camponês que sai para protestar por toda a Europa não o faz por egoísmo, mas sim para enfrentar a política deletéria do grande capital europeu que se colocou aos pés do imperialismo norte-americano. A julgar pelo nível de consciência dos movimentos camponeses, nada de bom aguarda a camarilha da União Europeia.

Hoje, a UE torceu o braço do Orban. No final de tanta pressão, ele concordou em assinar para jogar fora 50 mil milhões de euros, euros destinados à corrupção do governo ucraniano e à burocracia corrupta europeia; euros que serão distribuídos antes de chegarem ao seu destino!

O quadro da situação política na Europa é de os governos lutando entre si e com as suas populações. A eleições europeias preparam algumas surpresas e veremos na campanha de recrutamento o “patriotismo e o entusiasmo” dos europeus que não aguentam mais estes parasitas de Bruxelas.

Não é possível vencer a guerra contra a Rússia. Os Yankees sabem disso e os corruptos da UE também. Mas já lançaram a campanha de guerra sem objetivos claros e sem homogeneidade, e deixam-se levar pela sua própria loucura. Sabem o que significa vencer a guerra? Não basta saber contra quem. Isso eles têm claro. Mas qual é o objetivo? Eles não têm certeza disso e, portanto, a guerra já está perdida, por mais danos que causem!

Correspondências
Itália, 2/2/2024

 

 

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