A institucionalidade da Venezuel é sólida e democrática


Eles gritaram fraude! Se consideraram vencedores! Eles publicaram artigos em seu site na categoria “atas”. “Atas” incompletas, pessoas mortas que votaram, falta de dados sobre os membros das mesas de voto, assinaturas rasas, “atas” incompletas e ilegíveis, nem parecia que Nicolás Maduro votou. Jorge Rodriguez, gestor de campanha do GPP, denunciou com provas em mãos, que estes papéis representavam apenas 10.000 “atas” das 30.000 que compõem os cadernos eleitorais, ou 30% do total. Porém, com tudo isso, a senhora Maria Corina Machado, dona da PUD (Plataforma Democrática Unitária), declarou, ousadamente, que seu candidato, o senhor Gonzales Urrutia, venceu com 70% dos votos. Um verdadeiro arranjo de corte limpo do laboratório gringo. Preparado há meses com a colaboração dos proprietários dos meios de comunicação. E postado nas redes sociais, com o único objetivo, como diz Delcy Rodriguez, a vice-presidenta, de “promover insurgências e golpes de estado”.

Quando a Câmara de Justiça Eleitoral convocou os ex-candidatos e candidatos do Partido para comparecerem e apresentarem provas, Edmundo Gonzales recusou-se a comparecer, declarado pelo TSJ por “desacato”. E quem o indicou, na audiência, não apresentou absolutamente nada. A farsa do PUD foi exposta, mais uma vez! Uma via eleitoral ao serviço da conspiração e do golpe de Estado!

É por isso que no dia 29, poucas horas depois do CNE (Conselho Nacional Eleitoral)se pronunciar, grupos muito violentos – os guarimberos – começaram a arrombar e destruir escolas, hospitais, universidades, estações de metrô, até um jardim zoológico foi atacado por esses vândalos que enviaram vídeos, ameaçando matar o presidente e os líderes políticos chavistas, aparecendo com armas pesadas, tentando aterrorizar a população. A maioria, devido à rápida ação das forças de segurança, foi presa. Estes jovens, muitos deles adolescentes, encharcados e chorando, declararam que foram pagos pelo grupo do líder golpista, “Vente Venezuela” (Adiante Venezuela), para provocar o terrorismo.

Esta senhora, impedida pela justiça, é quem comanda o ex-candidato perdedor, Gonzales Urrutia, e traçou antecipadamente um roteiro, valendo-se da Guerra de Quarta Geração, da “Doutrina Sharp” do sociólogo americano, uma espécie de manual de estratégia para derrubadas dos governos populares. Por isso não se preocupou em ir à justiça venezuelana, pelo contrário, ignorou. E tem o coitado do Edmundo pelo pescoço para impedi-lo de comparecer às intimações do Tribunal de Justiça Eleitoral. A história das “atas” é o que menos preocupa a golpista, ela a usou para alimentar a desconfiança na Institucionalidade Bolivariana nos incautos. Fez-se um “burro de carga” ao denunciar fraudes e se proclamar vencedor. Infelizmente, alguns governos populares amigos na região caíram na armadilha. No entanto, Colômbia, Brasil e México rapidamente compreenderam isso. E são defensores da Institucionalidade e da Constitucionalidade do país bolivariano.

Petro, Lula e López Obrador assumiram o controle diplomático da região. Desta forma, evitaram que os atores internacionais acabassem com outro Juan Guaidó. Tanto a Rússia, como a China, o Irão, a Turquia, Cuba, a Bolívia, a Nicarágua, Honduras e cerca de 50 países reconheceram a vitória de Nicolás Maduro, sem pedir permissão a ninguém!!! Porém Lula foi usado no início. Lula não reconheceu a vitória e questionou as instituições venezuelanas. Como se o Brasil decidisse o que acontece no país bolivariano!

Sem dúvida, o PT não aceitou bem a sua interferência e reconheceu a legalidade absoluta e a vitória de Maduro. Lula agiu dessa forma por causa de seus compromissos com Biden e com um setor da direita brasileira no governo do ex-metalúrgico, que parecia se esquecer de Bolsonaro e de como essa direita terrorista atua na região!

“POR MAIS ATAS”, O OBJETIVO É MATAR MADURO

Mais uma vez o roteiro golpista do extremismo de direita que, talvez, ajude a compreender muitos governos distraídos, teimosos em dizer que faltam provas para reconhecer a vitória de Nicolás Maduro. E, sem dizer, a única coisa para que contribuem é pôr em causa a comprovada força do voto eletrónico. E o sistema eleitoral é impossível de se violar. Recordemos que antes das eleições o sistema foi auditado e a sua segurança verificada. Os 10 candidatos e partidos participantes verificaram o sistema e posteriormente assinaram o seu acordo com as máquinas. Recordemos que a CNE denunciou ataques cibernéticos do tipo cibercrime que procuravam gerar um “apagão de informação” e consolidar um golpe de Estado. Agora Edmundo, de mãos dadas com a verdadeira patroa, a senhora Zuluaga, ignora os resultados e livremente, fora das instituições e do árbitro eleitoral, a CNE, declara-se vencedor. Bem, não é uma surpresa porque eles anteciparam que reconheceriam apenas as suas “atas”. Uma atrocidade a que este extremismo guarimbero nos habituou. Eles já alegaram fraude em 2004, quando Chávez arrasou no Referendo Revogatório. Ou em 2006, quando voltou a vencer as eleições. E em 2012, o Comandante derrotou Capriles com mais de 12% de diferença de votos. Em 2013, em 5 de março, Chávez morreu e em 13 de abril daquele ano, as eleições foram repetidas com Maduro sendo o candidato e Enrique Capriles perdendo novamente. Enfurecido, ele gritou fraude. E ele chama a expressar a raiva. Desencadeou a violência que custou ao país 14 mortes. 31 eleições e a direita só reconheceu 2, quando ela ganhou!

Agora, esta direita terrorista tentou repetir outro golpe de Estado, via “resultado” eleitoral. Com a cumplicidade dos seus amigos e parceiros no mundo e às ordens dos Estados Unidos. Quem está realmente no comando. Para este plano de remoção lançaram governos da região, incluindo Milei-Argentina, ponta de lança da extrema direita fascista, para atacar impiedosamente a Venezuela. A OEA não conseguiu, e Luis Almagro falhou quando tentou alinhar o continente num ataque frontal a Nicolás Maduro. México, Brasil, Colômbia frustraram essa tentativa de Almagro.

Nos EUA, esta situação gera conflitos tremendos, porque não consegue definir o apoio total aos extremistas. Por um lado, reconhece o papel destes três países que norteiam a região, Colômbia, Brasil e México, somados à ex-presidenta argentina, Cristina Kirchner, que fez frente ao império. E por outro lado, a questão do petróleo. Como analisa Claudio Katz, investigador do CONICET, pretendem que Maduro termine como Saddam Hussein ou Kadafi, porque o tema principal é o petróleo. Trump foi sincero: “A Venezuela sob minha gestão estava prestes a entrar em colapso e teríamos ficado com todo o combustível daquele país”. Agora, enfrentando a Venezuela, os EUA correm o risco de o país cortar o seu fornecimento de petróleo.país bolivariano. N. Maduro já lhe disse: “em caso de conflito com os gringos, o embarque de barris de petróleo é cancelado e esse valor iria para países do BRICS.”

Tanto é verdade que a General do Comando Sul, Laura Richardson, descartou a intervenção militar na Venezuela. Medida impulsionada pela ultradireita da Venezuela e pelos canalhas dos ex-presidentes do mundo, entre eles, Fox, Macri, Uribe, Lasso, L. Moreno, Aznar, Rajoy e outros.

Esta política de distração e contraditória levou o Centro Carter, que supervisiona as eleições, a queixas inimagináveis. O Carter Center está convidado a ver. Ele não está autorizado a dar opiniões políticas e muito menos a anunciar resultados. O jornalista e investigador Ramonet denunciou que a fundação é dirigida desde 2020 por Paige Alexander, que trabalha há anos para a USAID e é consultora da Fundação Rockefeller e do Open Society Institute do magnata Gerge Soros. Todos funcionários do imperialismo norte-americano. Todos sabem que a USAID é o braço social da Agência de Inteligência dos EUA, a CIA. Não há dúvida de que essas pessoas arruinaram o prestígio do Carter Center, criado por Jimmy Carter.

A DIREITA INTERNACIONAL QUER NOMEAR UM PRESIDENTE NA VENEZUELA!

As Forças Armadas Bolivarianas reafirmaram a sua lealdade indestrutível ao Projeto Chavista. E em todos os eventos após o 28 de julho, precedidos por marchas massivas, os militares bolivarianos reafirmam isso com a sua presença ativa. São também garantes da PAZ e da tranquilidade do país. A direita golpista não conseguiu se firmar nas ruas. Tentaram, como em 2017, ocupar e controlar os principais locais de Caracas e outras cidades com violência criminosa. Corina ficou reduzida a discursos, ameaças, escondida em algum lugar porque era evidente que ela clamava para incendiar o país. Apenas a prisão estava esperando por ela. E os responsáveis gringos ficaram a falar de “democracia, liberdade” e a acusar o governo bolivariano de ter “detido milhares de venezuelanos”, tal como fez o subsecretário dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichol. Sem dúvida que não são presos políticos, mas alguns criminosos, outros financiadores de jovens, que se dedicavam a destruir tudo em seu caminho, armados até os dentes.

É por isso que é incompreensível que remanescentes da chamada esquerda, entre eles o PCV, o PPT, falem a mesma língua dessa direita golpista. Lembremo-nos de 2002: muitos dos líderes de direita já participaram no golpe e na destituição durante 47 horas do Comandante Chávez, incluindo Maria Corrina, Capriles, que continuam a conspirar e permanecem fora da constitucionalidade do país. E ignoram o povo massivamente mobilizado que defende o seu governo e a sua vitória!!!!! Estes ex-companheiros não a entendem com seu ultraesquerdismo, que aquela maldita direita tentou com G.Urrutia, um novo carmonazo e foi parcialmente derrotada. Enquanto os observadores espanhóis reconheceram a transparência das eleições e a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, foi assinado por deputados nacionais do PCE, Izquierda Unida, Podemos, Bloco Nacionalista Galego, bem como líderes de várias organizações políticas, académicos e políticos. professores de Direito Constitucional. A delegação italiana e a maioria dos observadores internacionais dos quase 1.000 observadores reconhecidos expressaram a mesma opinião. Assim como fez o observador da Rádio Las Madres da Argentina, o jornalista Roberto Caballero, que diariamente transmitia sobre o país bolivariano e também via de perto como agiam os “comanditos”, essas gangues que atacavam as sedes e locais onde os visitantes ficavam! Caballero homenageou Hebe, um defensor declarado de Chávez e Maduro.

O caminho da Institucionalidade é necessário, para que não violem o Estado de Direito, que é o principal objetivo das fraudes do PUD. A Venezuela cresce na democracia territorial, fortalecendo o Estado Comunal. E desta forma, diz Maduro, desburocratizar o governo. É por isso que serão realizadas eleições consultivas no dia 25 de agosto deste ano para os projetos de 4.500 circuitos comunitários. Maduro diz “uma revolução dentro da revolução”. O velho Estado conhecido está em extinção e devemos dar o passo que Chávez exigiu, rumo às Comunas. Ali acontece toda a vida da cidade, ali se constrói, acontece a vida comunitária do povo e é onde os problemas se resolvem. Desta forma, é possível uma construção popular, pela qual clamam os produtores de riqueza.

E com sua luta e trabalho apoiam a Revolução Chavista e Bolivariana.

Esta situação, onde o extremismo internacional quer ser o árbitro e dizer quem ganhou e quem perdeu, e decretar o presidente da Venezuela, afastou todos os sectores sociais que rejeitam esta nova interferência, colocou-os de joelhos para defender o seu país e suas decisões de 28 de julho.

Pedro Alonso
15/08/2024

https://www.aporrea.org/poderpopular/a333481.html

 

 

Total Page Visits: 14 - Today Page Visits: 2

Deixe um comentário