Voz Posadista- Uruguai- Janeiro 2023
ONTEM LENINGRADO – HOJE SÃO PETERSBURGO
Em 22/06/1941, a Alemanha de Hitler e seus aliados do Eixo (Itália fascista e a ditadura romena) invadem com um ataque de infantaria mecanizada de forma fulminante destruindo antes no solo a aviação soviética, aniquilando um desorientado Exército Vermelho de operários e camponeses – criado vitoriosamente por Leon Trotsky na guerra civil de 1918 a 1924. Foram atacados Leningrado, Moscou e a Ucrânia através da Crimeia e seu porto naval de Sevastopol. Este foi cercado e bloqueado, resistindo heroicamente de 30.10.1941 a julho de 1942.
Os antecedentes políticos neste processo, incluem a derrota da Revolução Espanhola, devido às políticas de Stalin e seus partidos comunistas da Frente Popular contra a frente única dos partidos e movimentos operários, camponeses e intelectuais, contra o poder popular nas fábricas e nas terras ocupadas¸ favorecendo o retorno das burguesias contrarrevolucionárias. Nessas instâncias históricas A Alemanha nazista e a União Soviética chegam a um acordo em agosto de 1939 através de Molotof e Von Ribentropp; enquanto Trotsky – contra um amplo e próprio setor anti-estalinista – apoiou, pela justa razão de dar tempo para o transformação na União Soviética da indústria civil em fabricação em larga escala de material bélico – embora Hitler tenha desgastado a França e a Grã-Bretanha, e com Stalin em 1939 eles dividiram a Polônia.
Em seguida, o alto escalão militar e civil da Polônia informou a Stalin sobre os preparativos imediatos para a invasão dos batalhões alemães ao território da União Soviética. Todos, 22 mil foram executados no massacre de Katym, por ordem de Stalin; este último agarrando-se ao Tratado de 1939, com a brutalidade do seu desconhecimento das condições objectivas do nazismo em seu objetivo histórico de “matar a criança no berço” (W. Churchill, Primeiro-ministro inglês).
Leon Trotsky, “cidadão sem passaporte” por pressão da burocracia da União Soviética nenhum país o aceitava como refugiado político, apenas o presidente general e criador da revolução camponesa e o reforma agrária dos ejidos no México, deu asilo a muitos refugiados espanhóis, assim como L.Trotsky, fornecendo-lhe os meios para sua sobrevivência. Trotsky e seus seguidores, desenvolveram uma campanha alertando sobre a imediata invasão nazista, contra a cegueira e torpeza política de Stalin, agarrando-se a um tratado já expirado pelo processo europeu. E quando os poloneses antinazistas denunciaram a invasão iminente, realizada em junho de 1941, anteriormente no México, um agente do NKVD (ex-militante comunista da KGB do PC da Espanha, com uma lança, em 28.8.1940 assassinou L. Trotsky, esmagando seu crânio, pelo que recebeu a cidadania como herói do União Soviética. Foi assim que o stalinismo resolveu as diferenças profundas e, assim, aniquilou toda a liderança bolchevique, milhões de opositores. Mas a razão histórica hoje fala e vive Trotsky, o Exército Vermelho, a União soviética, a revolução permanente latino-americana. E no Estado operário da Rússia não há um monumento nem uma fotografia de Stalin.
Setenta anos depois, em 30.10.2010, Putin e sua comitiva foram à Polônia para pedir perdão em Varsóvia e homenagear as vítimas de 1940. E as vítimas do capitalismo e imperialismo que suportou de 1941 a 1943 um cerco infernal, onde a vida-morte era uma comunhão de heroísmo histórico insuperável, 600.000 morreram de inanição, 97% pela União Soviética que expressava dignidade humana e Humanidade.
Hoje as massas russas, junto às forças militares, com Putin, com Lavrov, com Medvedev, com as mulheres, com os jovens, tiveram que enfrentar os planos de extermínio, contra as redes de bases de mísseis, instalações de guerra bacteriológica, com investimentos do próprio filho do presidente americano Biden. É por isso que hoje a Rússia e sua guerra preventiva devem enfrentar novamente a defesa das massas e do seu Estado Operário Russo, juntamente com a China; ambos são criações da humanidade, por sua relação amorosa presente e futura com o meio ambiente, com o cosmos, com a vida.
Apoio incondicional a esse grande povo e governo russo que novamente, como os heróis de Leningrado, hoje São Petersburgo, vivem e lutam por seu Estado operário e por toda a humanidade diante de um inimigo em sua barbárie final, com sua guerra nuclear que prepara antes de abandonar seu reino capitalista de desigualdade, de violência, de exploração e de devastação do próprio planeta. Hoje, a humanidade, em suas grandes lutas
Pelo progresso científico-social, rejeita-o, elimina-o e vai apagá-lo da História.
VOZ POSADISTA – Janeiro 2023-
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