Outra vitória contundente. O plano golpista foi derrotado.


A Revolução Bolivariana, o povo venezuelano, o chavismo, os Cinco Componentes das FANB (Forças Armadas Nacionais Bolivarianas), apoiados fundamentalmente pela Rússia, China, Irã, Cuba, Nicarágua, derrotaram os planos macabros que a administração americana e os seus satélites tinham preparado para o dia 10 de Janeiro na Venezuela. Contra maré e vento, Nicolás Maduro tomou posse, apoiado por mais de 125 delegações de todo o mundo!

Putin enviou pessoalmente Vyacheslav Volodin, presidente da Duma Russa, à Venezuela com uma saudação especial a Nicolás Maduro. A China também enviou delegados em nome do seu Presidente. Foi empossado com milhões de vozes, com um povo corajoso que encheu mais de 10 ruas e avenidas de Caracas e celebrou alegremente, com faixas, canções, caminhadas. A direita golpista e a senhora Corina tiveram que engolir o veneno anti-venezuelano. Seus patrões, os gringos, ficaram paralisados, diante de tanta luta, diante de tanta gente, diante de tanta bravura. Por mais que tenham sido feitas tentativas para reanimar o “velho” Edmundo, não conseguiram; este se dedicou a passear pela região e mal gaguejou as palavras que seus assessores lhe prepararam.

Urrutía foi levado de Madrid, colocado num avião e enviado para ver o sádico Milei, e da Argentina – principal aliado gringo – onde residem muitos venezuelanos, uma série de apátridas. Eles tentaram criar um cenário perigoso. Arruinar a festa em Caracas. Todo conversa. Apenas algumas centenas gritaram insultos contra o “ditador Maduro” e deram letras aos meios de comunicação. Os canalhas deixaram a Venezuela por causa das sanções e não por causa de Maduro. E o senhor Gonzales Urrutía mal deixou uma lânguida despedida cheia de pessimismo e fracasso!!!

O império tentou com Edmundo reviver o plano iniciado com Juan Guaidó. Ele queria que se fizesse um juramento ruim e depois desse volume, instalá-lo na região, e que fosse reconhecido pelos países que desempenham como outro “Grupo Lima”. Ele não estava à altura. A Venezuela se mobilizou, jurando e comemorando com a sólida, monolítica e leal FANB. Teve que se contentar em fazer barulho e palavras, palavras vazias no ar.

O POVO VERMELHO ENFRENTA COM PEITO E A DIGNIDADE!

Muitas massas, muitas pessoas. Milhões e milhões encheram as quase 300 cidades do país onde o chavismo se mobilizou. Em Caracas, mais de 10 ruas ao redor do Capitólio ficaram lotadas. Uma onda humana gritou: “SIM, JURO!!! Acompanhando de corpo e alma um deles, um homem do bairro que é militante da Revolução desde os 12 anos. O motorista do Metrô, o trabalhador da paróquia de El Valle, o homem grande, moreno e bigodudo, são o seu povo, mais um.

Os fascistas, a extrema direita, o extremismo, o povo que está no comando do império, esses mesmos que esbanjaram a enorme riqueza petrolífera do país nos tempos da Quarta República e agora procuram fazer da Venezuela uma colónia gringa, entregando as enormes riquezas das reservas petrolíferas ao povo da Casa Branca, o seu verdadeiro inimigo.

O IMPÉRIO FINGE COLOCAR UM PRESIDENTE NA VENEZUELA

Do exterior, estrategicamente o verdadeiro poder, os Estados Unidos, impulsionou a enorme campanha mediática dos poderosos. Nos meios gráficos e audiovisuais, nas redes de rádio, desinformação total. Eles disseram o que quiseram. Mentir, trapacear. Notícias que não eram reais, entre elas a de que a terrorista Corina havia sido presa. Eles apresentaram um conflito inexistente. A violência não ia entrar na Venezuela e não entrou. O país bolivariano continuou a sua vida quotidiana normal, ninguém ficou desesperado, irritado ou angustiado. A mídia praticamente falou de uma situação quase de guerra interna naquele país. Foi assim que o 10 de janeiro chegou à PAZ e foi assim que Nicolás Maduro foi empossado em paz porque ganhou às eleições de 28 de julho do ano passado. Não conseguiram reverter com a ideia de que a direita fascista era a triunfante. O império não pôde impor o candidato perdedor e juramentar-se em Caracas.

Eles, os gringos, diziam, como sempre, quem era o presidente da Venezuela. Eles tiravam e punham. Essa é a triste história. Tentaram com Machado centralizar toda a direita. Esta senhora, a “jóia” do império, filha do empresário Zuluaga, rico na IV República, foi a encarregada de criar todo tipo de birras, guachafitas, escândalos. Nenhuma farsa funcionou. O povo chavista, desta vez, mais unido do que nunca, não engoliu não histórias e não ficou em casa, mas saiu às ruas e manifestou seu conteúdo de classe!!!

OS PRESENTES E OS AUSENTES EM CARACAS!

Alguns presidentes da região ausentes em Caracas mal enviaram delegados ou nomearam os seus embaixadores. O caso do Brasil e da Colômbia. Dois vizinhos que fazem fronteira com os bolivarianos. Justificaram-se pela falta de “democracia” e Petro foi encorajado a pedir novas eleições. Você comeu o discurso de Uribe, um criminoso vulgar, e a pressão de Juan Manuel Santos para não ir a Caracas. Que vergonha e retrocesso político, quando no seu país, o país que Simón Bolívar, um guerreiro venezuelano, libertou e fundou, lhe deu liberdade e dignidade!!!!

Nem o chavismo nem o seu povo foram intimidados, muito menos os seus soldados. A farsa provocativa contra o país continuou. Ninguém se inquietou. O objetivo foi completamente alcançado. Rússia, China, Irã, Cuba, Nicarágua, são inevitáveis!!! Isto engoliu o inquilino cessante da Casa Branca. E saíram como sempre, com sanções e mais sanções. Com mais de 930 sanções, a Venezuela rompeu o bloqueio e cresceu economicamente. A Venezuela conseguiu se abastecer de alimentos!!! Algo verdadeiramente admirável. Tentaram levar o “velho gozón”, Sr. Edmundo Gonzales Urrutía, em uma turnê que começou com Milei na Argentina e terminou no Panamá. Lá ele ficou sem gasolina. Ameaçou que com alguns ex-presidentes, todos corruptos e perigosos, entraria na Venezuela. Nada disso aconteceu. Quando viram que na Venezuela não jogavam e acabariam todos na prisão, o apoio acabou. Então o “velho” disse algumas palavras quase de despedida. Não há dúvida de que existe uma guerra híbrida na Venezuela. O império, como antigamente, quer instalar e destituir presidentes. Com a Revolução Bolivariana não o conseguiu, por mais sanções que imponha. Lembremos que Barak Obama impôs em 2015 o Decreto de “ameaça inusitada e extraordinária” à Venezuela. A ex-presidente Cristina F. Kirchner, no Panamá, declarou naquele ano: “É implausível, quase ridículo, não apenas que a Venezuela, mas qualquer país do nosso continente possa ser uma ameaça à maior potência do mundo”.

Mais uma vez, será que os Democratas querem deixar para o Trump as relações com os Bolivarianos convulsionadas? No petróleo eles negociavam muito. Naquela região levantaram algumas restrições e o país vendeu petróleo e negociou com a China e a Índia. Ou este senhor gringo tentará tomar o petróleo bruto de assalto, como declarou certa vez. A Venezuela está disposta ao diálogo com soberania. Ela não tem medo de negociar com esses canalhas. Esta política, a do bastão, não funciona com os bolivarianos. A Venezuela está aumentando os acordos econômicos, que incluem o petróleo, com a China. Os EUA não podem evitá-lo e é certamente isso que preocupa o gringo que assumirá o comando da Casa Branca. Nessas questões não há Edmundo, não há Corina Machado. Estas questões serão desenvolvidas através da diplomacia, acordos e diálogo. E se a política é desestabilizar o país, trazer mercenários, gerar climas violentos e continuar com cada vez mais bloqueios, não faz sentido concordar com nada. Certamente esta política de fofoca é deixada para o messiânico Milei, para os Boric, para as Corinas. É por isso que o sádico e a sua ministra Patrícia tentaram introduzir o gendarme na Venezuela. Este oficial, com outros infiltrados, pretendia resgatar 6 rapazes do Vente Venezuela, o grupo de Corina escondido na sua embaixada. Caso contrário, a sua visita poucos dias antes do dia 10 ao país bolivariano não fazia sentido nem era racional.

A NOVA INSTITUCIONALIDADE NA VENEZUELA

É hora de o velho Estado herdado do Pacto de Punto Fijo (Ponto Fixo) ir para o lixo. É fundamental ajustar a Constituição, modificar artigos que se adaptem aos novos tempos. E da institucionalidade nasce outro Estado, o Estado Comunal.

O velho Estado não pode fazer mais, desenvolve a burocracia, a corrupção e o clientelismo. Agora devemos pulverizar e deixar, naturalmente, que o país bolivariano avance em direção a uma democracia de massas e que o poder seja exercido pelo povo. Não há dúvida de que o desmantelamento desta pesada estrutura requer acordos, diálogos e o desenvolvimento do papel de liderança das instituições comunitárias. Vamos pensar, a Revolução Bolivariana, no seu imaginário é coexistir com a economia privada, não é de todo estatista. A ideia original de Chávez é de natureza humanista. Não se pode ignorar que o capitalismo é perverso e selvagem por natureza. Conviver com empresários, capitais e estruturas privadas não tem sido fácil. Foi precisamente o que limitou e impediu o Estado Revolucionário no seu desejo de superar a pobreza, a distribuição, a produção e a vida sócio-política do país. Mas de onde veio o golpe de 2002, as “guarimbas”, os levantes, o boicote à produção? Naturalmente chegou-se até aqui com a força e a garantia do chavismo militante, das suas Forças Armadas e das pessoas que o combateram e fizeram todo tipo de sacrifícios. Reordenar a estrutura do poder e as suas instituições, coloca diretamente, no centro da cena, aqueles que defendem o projeto bolivariano e tiveram a coragem de enfrentar a contrarrevolução nas ruas. Os pequenos produtores, o campesinato que produzia alimentos e serviços para o país, em meio à ferocidade do bloqueio e das sanções. Não se trata de ignorar setores que vêm de matriz burguesa e é possível incorporá-los nas mudanças. É lógico construir pontes, acordos, diálogos e medidas para esses setores fracos do capitalismo e não ser atraído pelo núcleo golpista, que responde às ordens dos EUA.

Não é uma tarefa fácil produzir o protagonismo do sujeito social revolucionário. Supõe-se que haja uma transição onde os papéis são trocados. As Comunas estão a desenvolver-se e leva tempo para que constituam a nova institucionalidade do país, rumo ao socialismo. Trump, que no seu governo anterior foi implacável com os bolivarianos, toma posse nos Estados Unidos. Ele até falou em invadir a Venezuela e confiscar gratuitamente os seus recursos petrolíferos, ao mesmo tempo que promovia invasões mercenárias e um controle apertado para que sanções fossem aplicadas à pátria de Chávez. Durante sua administração, a interferência aumentou e ele promoveu Juan Guaidó. Ele administrou a vigilância das transações financeiras da Venezuela à vontade. As empresas petrolíferas que negociavam com o país deixaram de o fazer por medo das sanções que os EUA poderiam impor. A Venezuela tinha recursos financeiros (bloqueados) para importar medicamentos e alimentos. Irá Trump regressar com esta política bestial? Não há dúvida de que os democratas não se privaram de nada nas sanções, ameaças e ataques ao país bolivariano. No entanto, o deputado da oposição Juan José Brito declarou que Maduro e Trump chegaram a um acordo para salvar a CITGO. E a CITGO é super necessária nos EUA e só funciona com combustível que está no Cinturão do Orinoco e se chama “Merey 16” – O gringo conhece a necessidade energética de seu país e certamente preferirá negociar, pactuar e flexibilizar sua política de agressão. No entanto, o seu ódio mortal pela Venezuela é suficiente para os seus planos nefastos e o caminho da agressão também fará parte da sua política.

Irá Trump regressar com esta política bestial? Não há dúvida de que os democratas não se privaram de nada nas sanções, ameaças e ataques ao país bolivariano. No entanto, o deputado da oposição Juan José Brito declarou que Maduro e Trump chegaram a um acordo para salvar a CITGO. E a CITGO é super necessária nos EUA e só funciona com combustível que está no Cinturão do Orinoco e se chama “Merey 16” – O gringo conhece a necessidade energética de seu país e certamente preferirá negociar, pactuar e flexibilizar sua política de agressão. No entanto, o seu ódio mortal pela Venezuela é suficiente para os seus planos nefastos e o caminho da agressão também fará parte da sua política.

Dentro desta realidade deve ser construído o novo cenário Institucional que expanda a democracia no país. Tendo em conta que este ano serão realizadas 9 eleições, incluindo renovação da Assembleia Nacional, governadores, prefeitos, entre outros. Será necessária capacidade intelectual para combinar respostas às exigências que a Venezuela exige após a vitória de 10 de Janeiro.

P. Alonso
18/01/2025
Publicado no https://www.aporrea.org/actualidad/a337765.html

 

 

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